Pesquisa Neogrid/Opinion Box: 82% deixaram supermercado por preços variáveis e de referência, afetando gasto médio.
O mercado brasileiro está em constante movimento, com os consumidores atentos às oscilações de preços nos estabelecimentos comerciais. Em meio a essa realidade, muitos buscam alternativas para economizar e garantir um bom custo-benefício em suas compras. Mesmo com essa preocupação, a pesquisa revela que houve uma queda de 7,5% na média de itens adquiridos pelos consumidores nos primeiros seis meses do ano, refletindo a busca por melhores preços.
Além disso, a análise aponta que três produtos específicos estão se tornando mais escassos nos carrinhos de compras dos consumidores, o que pode estar relacionado a possíveis aumentos de valores ou mudanças nos custos de produção. Diante desse cenário, é fundamental que os consumidores estejam atentos às tarifas praticadas no mercado e busquem estratégias para otimizar seus gastos e garantir um bom negócio.
Preços no Varejo Alimentar: Tendências e Variações
O estudo ‘Hábitos de Compra no Varejo Alimentar’, da Neogrid/Opinion Box, destaca que o azeite lidera a lista de itens que se tornaram mais escassos, com 54,8% dos respondentes mencionando ter reduzido o consumo. Em seguida, surgem as carnes (41,3%) e legumes, verduras e frutas (24,4%). A análise de notas fiscais pela Neogrid revelou que o preço médio por unidade do azeite de oliva aumentou 19,8% em julho em comparação com o início do ano.
A base de informações indicou uma queda no consumo nos lares brasileiros de janeiro a junho de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, com uma redução de 7,3% no gasto médio por compra. A pesquisa aponta que 65% dos entrevistados consideram o preço como fator decisivo na hora da compra. Aproximadamente 80% dos brasileiros entrevistados acham injustos os preços que pagam atualmente nas compras, e 82% deixaram algum item no supermercado no primeiro semestre de 2024 devido ao valor.
Em busca de preços mais justos, 62% dos entrevistados realizaram visitas mais frequentes a atacados e atacarejos nos últimos doze meses. Quando questionados sobre as razões, produtos mais baratos (82,8%), de maior qualidade (56,9%) e com mais variedade (73,1%) foram os mais mencionados em relação a essas modalidades.
Apesar do aumento na frequência de visitas a atacados, os supermercados tradicionais continuam sendo a principal escolha de varejo físico dos consumidores para realizar compras (34,4%). Em segundo lugar, estão os atacarejos (30,1%), seguidos por hipermercados e grandes redes (24,3%). Apenas 10,7% afirmaram frequentar mercados de bairro.
A pesquisa também questionou sobre a importância da experiência de compra em loja física, com 40% dos entrevistados considerando um ponto crucial. O perfil de pessoas que fazem compras físicas ou online é equilibrado, com pouco mais de 50% preferindo efetuar todas as compras presencialmente, enquanto cerca de 35% optam por realizar parte delas digitalmente.
Além do preço, os consumidores consideram promoções e descontos (65,7%) e a qualidade do produto (63%) como fatores decisivos no momento da compra. Os dados revelam que 83% dos entrevistados acompanham promoções de itens específicos que desejam adquirir e 84% compram mais produtos quando percebem que os preços estão baixos nas prateleiras.
A pesquisa, realizada online entre junho e julho de 2024, contou com a participação de mais de 2 mil pessoas de todo o Brasil acima de 16 anos e de todas as classes sociais, responsáveis ou parcialmente responsáveis pelas compras domésticas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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