5 milhões de brasileiros sofrem com a sensação de peso nas pernas e hematomas devido ao acúmulo desproporcional de sangue, importante para a mobilidade reduzida.
Estamos vivendo o mês de conscientização sobre o Lipedema, um momento crucial para os pacientes que lidam com essa condição e para nós profissionais da saúde que dedicamos nossa carreira ao estudo e tratamento de doenças vasculares. O mês do Lipedema é fundamental para trazer à tona essa questão de saúde tão comum, porém muitas vezes subdiagnosticada e mal compreendida.
O Lipedema é uma condição que merece destaque durante esse período de conscientização, pois é essencial aumentar a compreensão sobre essa doença de saúde e promover a importância do diagnóstico precoce. A conscientização sobre o Lipedema é fundamental para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição.
Lipedema: uma condição de saúde que afeta milhões de mulheres
Embora seja uma doença relativamente ‘nova’ para o senso comum, dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelam que o lipedema é uma condição que atinge uma em cada dez mulheres em todo o mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 5 milhões de mulheres convivem com esse problema de saúde, muitas vezes sem saberem. A falta de conhecimento sobre o lipedema pode levar a confusões com outras condições, como a celulite.
O lipedema se caracteriza pelo acúmulo desproporcional de gordura inflamada nos membros inferiores e braços, causando sintomas peculiares como dor ao toque, sensação de peso nas pernas, propensão a hematomas e, em estágios avançados, mobilidade reduzida. Identificar precocemente esses sinais é fundamental para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.
É importante ressaltar que o lipedema pode ser facilmente confundido com obesidade, celulite ou linfedema, mas possui características distintas que o diferenciam dessas condições. Enquanto a obesidade resulta em um acúmulo uniforme de gordura, o lipedema afeta áreas específicas do corpo, como pernas, braços, quadris e nádegas.
Um fator relevante a se considerar é o histórico familiar, já que o lipedema pode ter uma predisposição genética. Caso haja casos de lipedema na família, é essencial estar atento aos sintomas e buscar orientação médica especializada para uma avaliação adequada, incluindo a possibilidade de testes genéticos.
Para um diagnóstico preciso, é fundamental consultar um especialista em doenças vasculares, que poderá realizar exames clínicos e de imagem para confirmar a presença do lipedema e descartar outras condições. Além disso, buscar informações sobre o lipedema é crucial para entender melhor a condição e encontrar o suporte necessário.
Participar de comunidades online e grupos de apoio dedicados ao lipedema pode fornecer suporte emocional e compartilhar experiências que beneficiem outras pessoas que enfrentam esse desafio de saúde. Educar-se sobre o lipedema é um passo importante para lidar com a doença e buscar o tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida.
Yasmin Brunet e o impacto do cigarro nas dores causadas pelo lipedema
Fonte: @ Minha Vida
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