Nasrallah, chefe do Hezbollah, alerta que a resposta iraniana aos ataques em Damasco está próxima, preparando um ataque de aliados contra alvos israelenses.
Depois do ataque ao consulado iraniano em Damasco, a tensão entre Irã e Israel atingiu um novo nível. O líder do Hezbollah afirmou que o Irã tem direito de se vingar e que uma resposta está próxima. A situação na região se torna cada vez mais delicada com a iminência de um possível confronto.
O ataque ao consulado iraniano em Damasco foi a gota d’água para a escalada de violência entre os dois países. O Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, prometeu uma retaliação em breve. Israel, por sua vez, se mantém em alerta máximo diante da ameaça de um novo ataque. A situação geopolítica no Oriente Médio segue instável e a comunidade internacional teme um conflito em larga escala.
Ataques no Oriente Médio em alerta após ação em Damasco
Esteja ciente de que a resposta iraniana ao ataque ao consulado em Damasco definitivamente está chegando contra Israel, afirmou ele. O Hezbollah é um grupo do Líbano que recebe apoio do Irã.
Na última segunda-feira, o consulado do Irã em Damasco, na Síria, foi atacado e sete membros da Guarda Revolucionária iraniana morreram, entre eles, um comandante sênior da Força Quds, o general de brigada Mohammad Reza Zahedi. O Irã prometeu vingança. Segundo o líder do Hezbollah, o ataque israelense ao consulado do Irã marcou um ‘ponto de virada‘ na dinâmica do Oriente Médio.
Os conflitos na região aumentaram desde 7 de outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, atacou Israel.
Preparação de Israel para a ameaça de um ataque iraniano
Israel se preparou para a possibilidade de um ataque retaliatório, cancelando as licenças de todas as unidades de combate e mobilizando mais tropas para as unidades de defesa aérea. O ministro da Defesa Yoav Gallant disse nesta sexta-feira a soldados israelenses em uma base aérea que Israel ataca os inimigos onde quer que seja: ‘Pode ser em Damasco e pode ser em Beirute’, disse. ‘O inimigo é duramente atingido em todos os lugares e, portanto, está procurando maneiras de responder. Estamos prontos com uma defesa em várias camadas.’
Confronto indireto se intensifica na região
Até agora, o Irã evitou entrar diretamente no conflito, mas apoiou uma série de ataques de aliados em toda a região a alvos israelenses e norte-americanos no Líbano, na Síria, no Iêmen e no Iraque. Diplomatas e analistas afirmam que a elite clerical do Irã não quer uma guerra total com Israel ou com os EUA, o que poderia colocar em risco seu poder, e prefere continuar usando representantes para realizar ataques táticos seletivos contra inimigos.
O Hezbollah tem trocado tiros com Israel através da fronteira sul do Líbano desde 8 de outubro. No sábado, um ataque israelense na cidade de Marjayoun matou três combatentes do Amal, segundo fontes médicas e de segurança. Cerca de 270 integrantes do Hezbollah também foram mortos. Nasrallah disse nesta sexta que o grupo tem armas e forças que ainda não foram usadas contra Israel.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo