Advocacia: Terceiros atuam em 29% da categoria, autônomos incluídos. Empresas/privados limitam 71% dos cargos de advogados. Prerrogativas violadas: honorários avultados reclamados por alguns para OAB, oral em Supremo, Tribunal Federal, Superior e de Justiça. PEC da Constituição: salários mínimos, faixa salarial, rendimento individual e familiar na advocacia. Gênero e identidades: etária, faixa etária na atuação. Aposentados, desempregados: aptidão oral, Supremo Tribunal. Proposta de emenda à Constituição. Salários: faixa salarial, mínimos. Rendimento: individual, familiar.
Em diversas situações, advogados podem almejar uma carreira em empresas ou escritórios privados, considerando isso como um grande objetivo. É interessante notar que apenas cerca de um terço (29%) dos advogados segue esse caminho, enquanto a maioria esmagadora (72%) opta por atuar de forma autônoma.
Os advogados brasileiros têm mostrado uma tendência crescente em buscar independência e autonomia em suas carreiras profissionais, diferente de algumas décadas atrás. Essa mudança no cenário da advocacia reflete as novas demandas e oportunidades do mercado jurídico, mostrando a versatilidade e flexibilidade dessa profissão em constante evolução, o que evidencia a diversidade de escolhas e caminhos possíveis para os advogados.
Advogados brasileiros e sua atuação diversificada
Apenas 29% dos advogados atuam em empresas privadas ou escritórios, enquanto a grande maioria, 72%, são autônomos em suas práticas profissionais. Além disso, é interessante notar que 5% desses profissionais ocupam cargos públicos, demonstrando a variedade de setores em que os advogados podem atuar. Outros 5% são aposentados, desfrutando de uma fase diferente em suas carreiras. Por fim, 4% encontram-se desempregados, em busca de novas oportunidades no mercado de trabalho.
Os dados do 1º Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (Perfil ADV) revelam um panorama complexo da realidade desses profissionais. Mais de um quarto (29%) dos advogados mencionam ter tido suas prerrogativas violadas ou honorários aviltados em algum momento de suas carreiras. Surpreendentemente, apenas 24% formalizaram reclamação para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), revelando uma subnotificação dessas situações.
A questão das sustentações orais tem sido um tema de destaque recentemente, com debates no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça. A relação entre a advocacia e o Poder Judiciário tem sido pauta de discussões, inclusive com uma proposta de emenda à Constituição (PEC) enviada pela OAB para garantir direitos nesse contexto.
Salários e rendimentos na advocacia brasileira
Em termos de remuneração, observamos que pouco mais de um terço dos advogados brasileiros têm rendimento individual mensal de até dois salários mínimos. Isso significa que 34% desses profissionais ganham até R$ 2.824 por mês. Em seguida, temos 30% dos advogados na faixa de renda entre dois e cinco salários mínimos, e 15% ganhando de cinco a 20 salários mínimos.
Esses números não levam em consideração possíveis rendimentos provenientes de outras fontes além da advocacia. Quando consideramos a renda familiar mensal, 14% dos advogados estão na faixa de até dois salários mínimos, enquanto 31% estão na faixa de dois a cinco salários mínimos. Em resumo, 45% dos advogados têm um rendimento familiar mensal de até R$ 7.060.
Entre aqueles com renda familiar mais elevada, 26% têm entre cinco e dez salários mínimos, enquanto 22% estão na faixa acima de dez salários mínimos. É importante notar a diversidade de realidades financeiras dentro da categoria dos advogados brasileiros.
Perfil demográfico e satisfação na advocacia
A pesquisa também revelou aspectos demográficos interessantes da advocacia no Brasil. As mulheres representam 50% desse campo profissional, enquanto os homens totalizam 49%. Outras identidades de gênero, como pessoas não binárias e transgêneros, compreendem cerca de 1% dos advogados. Além disso, a faixa etária dos advogados mostra que a maioria (55%) tem entre 24 e 44 anos, com 24% entre 45 e 59 anos e 21% com 60 anos ou mais.
No que diz respeito à autodeclaração racial, 64% dos advogados se identificam como brancos, enquanto 33% são negros, divididos entre pardos e pretos. A diversidade de gênero e de raça dentro da advocacia reflete a multiplicidade de identidades presentes na sociedade brasileira.
Apesar dos desafios enfrentados, 54% dos advogados avaliam sua satisfação profissional com notas de sete a dez, com uma média geral de satisfação de 6,3. Esses números mostram que, apesar das adversidades, a maioria dos advogados segue engajada e satisfeita com sua atuação na advocacia.
Fonte: © Conjur
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