Banco Selic mantém taxas de juros em 10% ao ano sem novos cortes, ciclo de flexibilizações, Ata de Copom reflete visão de equilíbrio, riscos de desinflação.
O Comitê de Política Monetária (Copom) está analisando a possibilidade de manter a Selic em 10,50% na próxima reunião, conforme prevê o banco J.P. Morgan. A expectativa anterior era de mais cortes na taxa de juros, porém, a projeção agora é de estabilidade no cenário econômico.
Essa decisão do Copom em relação à taxa Selic reflete a cautela diante da atual conjuntura monetária. A manutenção da taxa em 10,50% sinaliza uma postura conservadora do comitê diante dos desafios econômicos presentes.
O Banco e as Expectativas do Mercado sobre a Selic
O banco está entre os 42% dos agentes de mercado que preveem a manutenção da taxa de juros no nível atual. No entanto, a maioria não está nessa perspectiva. De acordo com o Termômetro da Selic do Valor Investe, nesta terça-feira (14), 56% ainda apostam que o Banco Central (BC) poderá reduzir a Selic em mais 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom, encerrando assim o ciclo, com a taxa em 10,25% ao ano. Mais cedo, o Citi destacou em um relatório os riscos de alta para a projeção da Selic a 10% ao ano ao final do atual ciclo de flexibilização.
Previsões para a Próxima Reunião do Copom
Considerando que as projeções para a inflação de médio prazo estão aparentemente em alta, pelo menos em um horizonte mais imediato, presume-se que o ciclo de flexibilização será interrompido na próxima reunião, com a taxa Selic a 10,50%, em vez dos dois cortes adicionais de 0,25 ponto percentual que eram previstos anteriormente, conforme relatório do J.P.Morgan, assinado pelos economistas Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira.
Análise das Divergências no Colegiado do Copom
Os economistas destacam que as divergências entre os membros do colegiado parecem mais acentuadas do que se imaginava. A ata do Copom divulgada recentemente mostrou um viés mais ‘hawkish’ do que o esperado, levantando questões sobre a visão a respeito do custo-benefício da mudança no ‘guidance’ e o balanço de riscos para a inflação, com alguns membros apontando para um cenário de crescimento econômico resiliente que poderia retardar o processo de desinflação.
Considerações Finais sobre o Cenário Econômico
É notável que o grupo que defendeu um corte mais agressivo na última reunião ressaltou a complexidade em analisar as dinâmicas inflacionárias em meio a um ambiente de incertezas. Este é um tema que provavelmente ganhará mais destaque à medida que os impactos econômicos das enchentes no Sul do país se tornarem mais evidentes. As informações são do Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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