Cientistas descobriram microplásticos em órgãos, aumentando preocupações sobre efeitos na saúde devido à invasão de células e tecidos por fragmentos de polímeros.
Cientistas descobriram microplásticos em órgãos genitais masculinos pela primeira vez, à medida que aumentam as preocupações sobre a disseminação dessas pequenas partículas e seus potenciais impactos na saúde. Receba as últimas notícias do TNH1 em seu WhatsApp. Sete tipos distintos de microplásticos foram identificados em quatro das cinco amostras de tecido peniano coletadas de cinco homens diferentes, como parte de uma pesquisa divulgada na IJIR: Your Sexual Medicine Journal na quarta-feira (19).
No segundo parágrafo, foi revelado que os pesquisadores também encontraram fragmentos de plástico em outras regiões do corpo humano, levantando ainda mais preocupações sobre a contaminação generalizada por microplásticos. Essas descobertas destacam a urgência de investigar os possíveis efeitos adversos dessas partículas de plástico na saúde humana.
Os Impactos dos Microplásticos nos Tecidos Humanos
Microplásticos são pequenas partículas de plástico que podem variar em tamanho, desde fragmentos de polímeros maiores até partículas minúsculas de menos de 0,2 polegada (5 milímetros) e até 1/25.000 de polegada (1 micrômetro). Quando plásticos maiores se degradam quimicamente ou se desgastam fisicamente, eles se transformam em fragmentos menores, contribuindo para a disseminação de microplásticos no meio ambiente.
A preocupação com essas partículas de plástico está aumentando, pois evidências sugerem que elas podem invadir células individuais e tecidos em órgãos vitais. Especialistas alertam que os microplásticos estão se tornando cada vez mais presentes em nossos corpos, o que levanta questões sobre os potenciais impactos na saúde humana.
Ranjith Ramasamy, renomado especialista em urologia reprodutiva, conduziu um estudo na Universidade de Miami que encontrou microplásticos no coração humano, servindo como base para pesquisas adicionais. Em seu estudo, Ramasamy descobriu a presença de microplásticos no tecido peniano de pacientes diagnosticados com disfunção erétil (DE), durante cirurgias de implante peniano realizadas entre agosto e setembro de 2023.
A análise das amostras revelou a presença de sete tipos diferentes de microplásticos, com destaque para o tereftalato de polietileno (PET) e polipropileno (PP). Quatro dos cinco homens analisados apresentaram microplásticos em seus tecidos penianos, levantando preocupações sobre os possíveis efeitos dessas partículas na saúde sexual masculina.
Ramasamy enfatiza a necessidade de mais pesquisas para investigar as potenciais ligações entre os microplásticos e condições como a disfunção erétil. Ele ressalta a importância de identificar os níveis em que os microplásticos podem se tornar patogênicos e quais tipos específicos podem representar riscos à saúde.
Além disso, as implicações mais amplas dessas descobertas são significativas, pois destacam a importância de conscientizar sobre a presença de corpos estranhos nos órgãos humanos. Ramasamy espera que seu estudo promova mais pesquisas sobre o impacto dos microplásticos na saúde humana e incentive a adoção de medidas preventivas.
Matthew J. Campen, toxicologista da Universidade do Novo México em Albuquerque, destaca a importância dessas descobertas para entender a ubiquidade dos plásticos no corpo humano. Ele ressalta que, embora os plásticos geralmente não reajam com as células do corpo, sua presença pode ter efeitos disruptivos, levantando preocupações sobre os possíveis impactos na saúde.
Em um cenário onde a presença de microplásticos é cada vez mais evidente, é fundamental realizar mais pesquisas para compreender melhor os riscos associados a essas partículas e adotar medidas para reduzir a exposição a esses materiais potencialmente prejudiciais.
Fonte: © TNH1
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