Servidores do Colégio Pedro II pedem reestruturação de carreira, recomposição salarial e revogação de normas, devido à defasagem de 22,71%.
A greve nas instituições de ensino no Brasil tem impactado significativamente o setor educacional. De acordo com informações do g1, mais de 50 universidades e institutos federais, além do Colégio Pedro II, estão paralisados desde o mês de abril. Os professores e servidores dessas instituições estão unidos em busca de melhorias em suas condições de trabalho e salários, demonstrando a força do movimento grevista.
Esse movimento paredista reflete a insatisfação dos trabalhadores com as políticas adotadas pelos governos anteriores e atuais. A reivindicação por reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de normas consideradas prejudiciais, demonstra a determinação dos grevistas em lutar por seus direitos. A greve é uma forma legítima de pressionar por mudanças e chamar a atenção para as demandas da categoria.
Greve no Colégio Pedro II por reajuste salarial
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), há uma defasagem de 22,71% no salário dos professores, acumulada desde 2016. A entidade pede uma reposição salarial que considere essa diferença. Os níveis de movimento variam — em algumas instituições, professores e técnicos-administrativos aderiram à greve. Em outros casos, apenas os professores ou técnicos estão paralisados. No caso dos institutos federais, a paralisação atinge pelo menos 400 campi espalhados pelo país.
Acordo com Proifes e resistência dos sindicatos
Na segunda-feira (27), o governo chegou a assinar um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação). No entanto, essa proposta não foi aceita pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). O Ministério da Saúde disse em nota que ‘as demais instituições que não assinaram o acordo terão mais prazo para levarem novamente a proposta para suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente.’
Reestruturação da carreira e continuidade da greve
O acordo firmado entre o governo e o Proifes prevê a reestruturação da carreira docente, um reajuste de salário de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Além disso, o acordo também detalha o que a entidade define como ‘reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira’, que garantiria uma elevação de salário para profissionais em início de carreira. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), no entanto, essa valorização aconteceria ‘às custas de mais uma desestruturação’, pois haveria uma redução no número de graus que a carreira possui atualmente, passando de 13 para 10. Em comunicado na terça-feira (28), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) declarou que ‘a greve não acabou.’
Greve em diferentes regiões do Brasil
A greve continua em muitas instituições pelo Brasil. Na região Norte, no Amazonas, servidores técnico-administrativos dos 18 campi do Ifam entraram em greve no dia 15 de abril de 2024. No Pará, professores e servidores da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) continuam em greve. Também continuam paralisados os 18 campi do IFPA. No Acre, na Universidade Federal do Acre (UFAC), técnicos-administrativos e professores continuam em greve, assim como 6 campi do IF do estado. Em Roraima, professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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